quinta-feira, 30 de julho de 2015

Datena rebate Maluf e avisa que 'jamais apertaria a mão dele para qualquer acordo político'

Deputado federal e ex-prefeito da capital paulista é aliado de Fernando Haddad (PT)Provável candidato do PP na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2016, o apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena rebateu o agora correligionário Paulo Maluf, atualmente deputado federal, e afirmou em entrevista à rádio Gaúcha, nesta quinta-feira (30), que nunca firmaria qualquer acordo político com o ex-prefeito paulistano. Datena disse que Maluf "não manda mais nada" no partido.
— Eu aprendi através do meu pai a respeitar as pessoas de mais idade. O Maluf eu sei que está com a idade avançada e eu respeito demais o Maluf como homem, mas como político, evidente, que jamais apertaria a mão dele para qualquer acordo político. Nem para ser presidente de time de botão.Paulo Maluf é aliado do atual prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), e deve se tornar um obstáculo para Datena nas eleições municipais de 2016. Sobre a proximidade de Maluf com Haddad, Datena alfinetou o petista, provável adversário nas urnas, uma vez que deve disputar a reeleição.
— Acho que ele [Maluf] e o Haddad estão bem colados e cooptados porque os dois se merecem, inclusive eles ajudaram a quebrar a terceira maior cidade do planeta.
Datena, que revelou que foi sondado pelo PSDB e pelo PSB antes de fechar com o PP, questionou o papel de Maluf dentro do partido.
— A primeira reação do Maluf foi dizer que o partido dele tem que apoiar o Haddad. Que não devo ser, na realidade, o candidato do partido dele. Essa foi a primeira reação do Maluf. Acho que eu prestei um serviço maravilhoso para o partido. Questionado por que trocar a televisão pela política, Datena disse que o Brasil precisa de mais 'não políticos' porque os atuais políticos não desempenham papel satisfatório.
— Não sou político e acho que o Brasil precisa é de não-político. É de gente que nunca tentou a política, é de novidade, é de cara que pelo menos possa chegar mais perto de um Brasil mais justo, com divisão de renda melhor, com social melhor. Porque esses políticos que estão aí quebraram o País ou por incompetência por improbidade na administração pública.
Logo em seguida, disse que apresentou uma pré-candidatura, mas deverá 'ir até o fim'.
— O fato de eu ter aceitado uma pré-candidatura não significa que eu vou até o fim, mas é provável que vá porque estão me enchendo bem o saco esses políticos que estão por aí.

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